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A imunoterapia já salvou milhares de vidas no tratamento do câncer. Mas junto com a esperança, surgiram também muitas informações equivocadas. Será que você também acredita em algum desses mitos? 

Neste artigo, vamos esclarecer 5 ideias comuns — mas incorretas — sobre a imunoterapia. Conhecer a verdade por trás desses mitos é fundamental para que pacientes e familiares tomem decisões mais conscientes, ao lado da equipe médica. 

  1. Imunoterapia serve para todos os tipos de câncer?

 Não. A imunoterapia é um avanço promissor, mas não é indicada para todos os tipos de câncer. 

Seu uso depende de diversos fatores, como o tipo de tumor, a presença de biomarcadores específicos (como o PD-L1), além de características moleculares e genéticas da doença. Em alguns casos, é usada sozinha; em outros, pode ser combinada com quimioterapia, radioterapia ou terapias-alvo. 

Por isso, a indicação da imunoterapia deve ser sempre personalizada, após uma avaliação cuidadosa do oncologista. 

  1. Imunoterapia não tem efeitos colaterais, pois é “natural”

Essa ideia pode parecer reconfortante, mas está longe de ser verdadeira. 

Embora a imunoterapia atue estimulando o próprio sistema imunológico do paciente, ela também pode causar efeitos colaterais importantes, como reações inflamatórias em órgãos saudáveis — conhecidas como toxicidades imuno-relacionadas. Os sintomas variam e podem incluir fadiga, alterações na pele, diarreia, problemas respiratórios ou até mesmo efeitos endocrinológicos. 

A boa notícia é que, com monitoramento precoce e acompanhamento especializado, esses efeitos podem ser identificados e tratados com segurança. Por isso, o acompanhamento médico contínuo é essencial durante todo o tratamento. 

  1. Se a quimioterapia não funcionou, a imunoterapia sempre funciona?

Infelizmente, não há garantias absolutas. 

Cada organismo e cada tipo de câncer respondem de forma diferente aos tratamentos. Embora a imunoterapia tenha trazido excelentes resultados para muitos pacientes — especialmente em tumores como melanoma, câncer de pulmão e de bexiga —, ela não substitui automaticamente a quimioterapia, nem é eficaz em todos os casos. 

O mais importante é lembrar que a oncologia moderna é cada vez mais personalizada, e a escolha do tratamento ideal depende de uma série de fatores clínicos e moleculares.  

  1. Imunoterapia cura o câncer?

 A imunoterapia pode oferecer respostas duradouras e até longos períodos de controle da doença — o que já representa um enorme avanço. No entanto, falar em cura exige cautela. 

Nem todos os pacientes alcançam remissão completa, e mesmo os que têm boa resposta precisam de acompanhamento contínuo. A imunoterapia é uma ferramenta poderosa, mas deve ser usada com estratégia e realismo, sempre guiada por evidências científicas.   

  1. Quanto mais estimular o sistema imune, melhor

 Esse é um dos mitos mais perigosos. Na verdade, equilíbrio é tudo. 

Quando o sistema imunológico é hiperestimulado, o corpo pode atacar tecidos saudáveis — o que chamamos de toxicidade autoimune. Em vez de ajudar, esse desequilíbrio pode levar a inflamações graves e comprometer a saúde do paciente. 

Por isso, a imunoterapia precisa de monitoramento rigoroso e deve ser conduzida por equipes experientes, que saibam ajustar doses e identificar sinais precoces de efeitos adversos. 

Conclusão 

A imunoterapia é, sim, uma aliada valiosa no tratamento do câncer. Mas como toda ferramenta poderosa, ela precisa ser usada com critério, personalização e acompanhamento profissional. 

Não existe solução mágica — e a melhor escolha sempre será aquela feita com base em ciência, experiência médica e respeito à individualidade de cada paciente. 

Quer saber se a imunoterapia é indicada para o seu caso? Converse com sua equipe médica ou consulte um oncologista com experiência em medicina personalizada. 

Quer transformar o cuidado com a sua saúde em uma estratégia mais personalizada e eficaz? Fale com a minha equipe e tire suas dúvidas. 

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